terça-feira, 29 de junho de 2010

Sétima Arte faz produção dadaísta


A produtora Sétima Arte concluiu esse mês a produção de um pequeno filme inspirado no movimento dadaísta. O Dadaísmo que nada mais é do que uma 'junção' de vários movimentos vanguardistas europeus e tem como característica principal ironia à arte tradicional. Participaram da criação do videomovimento oito integrantes. A equipe ficou preparando o material em período de mais de um mês.

Segue aí um cronograma da nossa produção.

Produção Dadaísta - Produtora Sétima Arte

17/05 a 21/05
Reunião de discussão do brainstorm do vídeo

24/05 a 28/05
A idéia do vídeo foi finalizada em conjunto por todos os integrantes da produtora;

30/05
A produção de arte elaborou a lista de matérias utilizados na gravação;

31/05 a 02/06
Produção e entrega de roteiro;

01/06
Foram feitas as compras necessárias para a gravação;

07/06 a 11/06
Ocorreu a seleção de atores;

11/06
Reunião final de pré-produção entre todos os integrantes da produtora;

12/06
Gravação;

15/06 a 24/06
Edição do vídeo;

29/06
Estréia do vídeo.

-----
PUC-PR Cinema 2010
Produtora Sétima Arte: Ana Paula Scorsin, Flávia Angélica, Flávia Coelho, Milene da Mata, Mylena Gama, Nathalie Maia, Priscila Ribas e Robson Leandro

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Diversão em Cinema 4D


Que o cinema 3D está fazendo sucesso em todos os cantos do globo, não resta dúvida. É uma tecnologia em experimentação, desde a década de 50, mas, não muito distante ficará para trás, perdendo espaço para o cinema 4D.

Simplificando, o cinema 4D engloba em si a simulação de movimentos. A quarta dimensão cinematográfica, por sua vez, é uma aplicação 3D para retoque de filmes. Ou seja é apenas uma técnica de processamento da imagens que modela o 3D, misturando assim texturarização, iluminação, animação e renderização 3D. Já foi usado em alguns filmes de animações, tais como: Nos Somos os Estranhos (We Are the Strange), Expresso Polar (Polar Express), O Bicho Vai Pegar (Open Season), e A Casa Monstro (Monster House).

Além dessas técnicas de imersão que exploram a imagem, tem surgido no cinema simulações que produzem efeitos por meio de cadeiras sensoriais, que tremem, jogam sprays de água, vento, e cheiro, o que traz experiências visuais e sensoriais.

Não só em longas-metragens, temos dois princiapis exemplos que exploram essas técnicas de despertar outros sentidos. Um deles se concretiza por meio de uma propaganda no cinema, um empresa de artigos para higiene pessoal, a Dove e a MaisCinema lançaram a primeira campanha de publicidade com o recurso do marketing olfativo. Em dez salas de Portugal, essa estratégia foi utilizada para aumentar o envolvimento dos espectadores com as marcas, sendo o olfato o sentido que mais rapidamente atinge o cérebro e o que mais fortemente se encontra ligado às emoções.

Outra técnica se realiza através de cadeiras móveis. Uma cadeira de cinema vibrante que se movimenta de acordo com o que ocorre na tela, mais avançada do que modelos anteriores não incomoda vizinhos e consegue se adaptar a diferentes situações. Em maio de 2009, no filme Velozes e Furiosos (The Fast and the Furious), um cinema de Los Angeles instalou essas cadeiras em uma fileira e os espectadores puderam se sentir no carro quando Vin Diesel assumia o volante.

Assim, para imersão maior tem-se o 3D já amplamente utilizado, entretanto não tem perspectivas perfeitas - o próprio 4D auxilia nisso. Os recursos usados no 4D, por sua vez o olfativo que desperta, comprovadamente, a curiosidade, pode provocar aversões, por isso, é usado apenas momentaneamente.

A tecnologia 4D custa caro. Em menos de 1% dos cinemas espalhados pelo mundo há essa interação. Essa diversão fica mais fácil de ser encontrada em parque temáticos que de longa data a utilizam, mas apenas com pequenas cenas criadas por eles mesmos, ou seja, sem ligação com os filmes que são lançados diretamente nos cinemas em si.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O forte é cinema 3D


Para recuperar o público cada vez menos presente, a indústria cinematográfica, por sua vez, buscou um recurso inovador até então: o cinema 3D. Depois de quase 50 anos de tentativas e desistências, de altos e baixos, a indústria de eletrônica de entretenimento consegue resultados aceitáveis, graças à tecnologia digital.

Dados do site Filme B, que acompanha o mercado de cinema no Brasil e no mundo, mostram que o público total de cinema no Brasil era de 250 milhões de espectadores em 1976 e caiu para cerca de 70 milhões no começo da década de 90 como resultado da expansão da TV e, depois, do crescimento do DVD e ao que se possuia em grande escala, o VHS. Essa tendência começou a se reverter em 1997 e, em 2003, o total de ingressos vendidos no Brasil voltou à marca de 100 milhões. Em 2007, entretanto, houve queda de público de 2,9% e o ano fechou com um total de 88,6 milhões de espectadores. A Agência Nacional de Cinema (Ancine) aponta que o Brasil, até julho de 2009 possuia 100 salas equipadas com projetores 3D.

O lançamento em terceira dimensão no Brasil ficou por conta do filme A Era do Gelo 3 (Ice Age: Dawn of the Dinossaurs) em 2009, que resultou em mais de um milhão e duzentos mil espectadores. Os recordes de bilheteria registrados por estes tipos de filmes no Brasil e no mundo têm despertado o interesse da indústria cinematográfica, que promete uma enxurrada de novas produções em três dimensões. Pelo menos 21 lançamentos estão previstos até o final de 2011. A maior parte, naturalmente,é americana. Mas as produções brasileiras não ficarão de fora. Pelo menos cinco projetos estão na busca do título de primeiro longa-metragem brasileiro exibido em 3D que será editado pela TeleImage, a maior finalizadora brasileira de filmes.

Além da produção de mais de uma centena de novos filmes em 3D, Hollywood trabalha com a possibilidade de adaptação estereoscópica de boa qualidade nos melhores filmes do passado. James Cameron está estudando a possibilidade de uma refilmagem de seu grande sucesso, Titanic, em 3D. Logo logo, os espectadores poderão estar retornando às salas de cinema para assistir grandes clássicos, só que agora, sem aquela expectativa que já teve. Terão a sensação de que as imagens já vistas estarão vindo em sua direção, principal característica da imagem tridimensional.

O que se tem até agora não passa de uma minúscula ponta do iceberg, diante do futuro que se espera em matéria de TV e cinema tridimensionais. Afinal, o mundo que todos veem ao seu redor é tridimensional. Por que se contentar apenas com duas dimensões? Em um futuro não muito muito distante, progressivamente, praticamente todas as imagens que veremos na TV, no home theater, nos computadores, na internet, nos iPods e iPads passarão a ser imagens 3D, resposta de uma empresa em tecnologia de cinema e imagem, SMPTE (Society of Motion Picture and Television Engineers).

quinta-feira, 3 de junho de 2010

René Clair


René Clair, ator e diretor francês, nascido em Paris em 1898 ficou conhecido por ser um dos precursores do cinema falado e por ser o primeiro a imprimir em seus trabalhos um estilo pessoal ao cinema francês.

René presenciava-se em um espírito inquieto, louco por novidades. Dizia que a vanguarda é a curiosidade de espírito aplicada a um campo onde se faz descobertas numerosas e apaixonantes. Se é este o sentido que lhes empregam, se declarava um vanguardista incondicional.

O cineasta fez a transição perfeita do cinema mudo ao falado. Com sua economia de diálogos "não é porque se pode falar que se falará sem nada dizer”, exprime aí um estilo inconfundível.

Ele transformou a técnica em estética, o fazer cinema em criar cinema, o filmar objetos em construir imagens, expressões, pensamentos e idéias. René Clair reagiu contra o filme grotesco, meramente sentimental, que reinou no cinema naqueles anos, nos moldes dos folhetins. Reagiu também contra o filme excessivamente refinado, intelectual e estético. Ele reivindica para si histórias escritas diretamente para o cinema.

Seus romances não são meramente sentimentais, mas revestidos de um realismo e uma fantasia poética. Seus filmes realistas mostram, diferentemente dos filmes americanos da época, os anti-heróis saídos da multidão, das calçadas, das fábricas. São essas as maiores característica de Rene.

O diretor tinha ainda como foco, também, transformar o folhetim, o gosto duvidoso do popular, em uma arte inteligente e delicada. Sabia fazer isso de forma superior as coisas elementares.

Suas imagens eram simples, claras, em tons de cinza, frequentemente frontais. Eram o oposto das imagens alemãs predominantes na época, de estilo expressionista e com fortes contrastes. Tentavam ser os filmes mais normais, os mais diretos possíveis, não buscavam a perspectiva nem a profundidade dos planos. Mesmo assim, sua fotografia era poética, simbólica e sentimental.

Clair ficou conhecido também pelo seu trabalho dadaísta em Entreato (Entr'acte), um curta dirigido por ele em 1924 e por seus mais de 90 trabalhos cinematográficos, entre eles atuando como escritor, diretor, produtor, ator, editor e assistente de som, produção e direção. René Clair dizia que tinha entrado para o cinema por acaso e acabou realizando uma carreira de diretor que durou 42 anos e que lhe rendeu muitos prêmios e homenagens. Clair morreu em 1981 e deixou marcado no cinema seu estilo único.