sexta-feira, 11 de junho de 2010

O forte é cinema 3D


Para recuperar o público cada vez menos presente, a indústria cinematográfica, por sua vez, buscou um recurso inovador até então: o cinema 3D. Depois de quase 50 anos de tentativas e desistências, de altos e baixos, a indústria de eletrônica de entretenimento consegue resultados aceitáveis, graças à tecnologia digital.

Dados do site Filme B, que acompanha o mercado de cinema no Brasil e no mundo, mostram que o público total de cinema no Brasil era de 250 milhões de espectadores em 1976 e caiu para cerca de 70 milhões no começo da década de 90 como resultado da expansão da TV e, depois, do crescimento do DVD e ao que se possuia em grande escala, o VHS. Essa tendência começou a se reverter em 1997 e, em 2003, o total de ingressos vendidos no Brasil voltou à marca de 100 milhões. Em 2007, entretanto, houve queda de público de 2,9% e o ano fechou com um total de 88,6 milhões de espectadores. A Agência Nacional de Cinema (Ancine) aponta que o Brasil, até julho de 2009 possuia 100 salas equipadas com projetores 3D.

O lançamento em terceira dimensão no Brasil ficou por conta do filme A Era do Gelo 3 (Ice Age: Dawn of the Dinossaurs) em 2009, que resultou em mais de um milhão e duzentos mil espectadores. Os recordes de bilheteria registrados por estes tipos de filmes no Brasil e no mundo têm despertado o interesse da indústria cinematográfica, que promete uma enxurrada de novas produções em três dimensões. Pelo menos 21 lançamentos estão previstos até o final de 2011. A maior parte, naturalmente,é americana. Mas as produções brasileiras não ficarão de fora. Pelo menos cinco projetos estão na busca do título de primeiro longa-metragem brasileiro exibido em 3D que será editado pela TeleImage, a maior finalizadora brasileira de filmes.

Além da produção de mais de uma centena de novos filmes em 3D, Hollywood trabalha com a possibilidade de adaptação estereoscópica de boa qualidade nos melhores filmes do passado. James Cameron está estudando a possibilidade de uma refilmagem de seu grande sucesso, Titanic, em 3D. Logo logo, os espectadores poderão estar retornando às salas de cinema para assistir grandes clássicos, só que agora, sem aquela expectativa que já teve. Terão a sensação de que as imagens já vistas estarão vindo em sua direção, principal característica da imagem tridimensional.

O que se tem até agora não passa de uma minúscula ponta do iceberg, diante do futuro que se espera em matéria de TV e cinema tridimensionais. Afinal, o mundo que todos veem ao seu redor é tridimensional. Por que se contentar apenas com duas dimensões? Em um futuro não muito muito distante, progressivamente, praticamente todas as imagens que veremos na TV, no home theater, nos computadores, na internet, nos iPods e iPads passarão a ser imagens 3D, resposta de uma empresa em tecnologia de cinema e imagem, SMPTE (Society of Motion Picture and Television Engineers).

Um comentário:

  1. ok, de algum modo dá continuidade a uma questao tocada na semana passada, em sala.

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